Imagem da internet

Letras na Sopa

Eis que! Cá estamos eu, eu mesmo e outros eus, não bem aqui, mas assim de lado, de refúgio ou refluxo de ideias, por graça e força de muitos uns e zeros, na aparente essência de letras, acentos, pontuações e espaços num ensopado virtual.

Chego sem pedir licença nem permissão, apenas por ocasião de. E vou tentando navegar o rio de sons e imagens que corre dentro de mim, fluindo por entre tempos, brechas, sustos e sopros, numa espiral rumo a uma galáxia distante cujo centro está no meio do peito.

Obscuro? Não, apenas um arroubo poético, quase patético, para afinar o tom. Quem quiser ler, quiçá. Qui sait? Não prometo assiduidade, simpatia ou samba-no-pé. Apenas expressão de desejos literários: ler, ter, vários. A quem abrir esta página, um pedido: se gostar, comente e recomende; se não gostar, poetize.


Vicente Saldanha

domingo, 7 de abril de 2013

Chocolate


O assalto veio rápido. Sozinho na parada do ônibus, sem jantar, tirou um chocolate de uma caixa e começou a comer. Mal teve tempo de ver o sujeito aproximando-se do lado:

- Fica frio e passa a grana, senão eu te queimo!

Com o susto, derrubou a caixa de chocolates. O assaltante apanhou-a do chão e pegou alguns. Ele procurou a carteira, mão trêmula. O ladrão comeu um chocolate, depois outro, ar debochado. Enquanto ele pegava a carteira, o semblante do outro mudou: seus olhos fecharam-se, quase desenhou-se um sorriso na boca, suspirou. Deu meia-volta e foi embora sem dizer nada.

Ele escapou por um Bis.

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