Imagem da internet

Letras na Sopa

Eis que! Cá estamos eu, eu mesmo e outros eus, não bem aqui, mas assim de lado, de refúgio ou refluxo de ideias, por graça e força de muitos uns e zeros, na aparente essência de letras, acentos, pontuações e espaços num ensopado virtual.

Chego sem pedir licença nem permissão, apenas por ocasião de. E vou tentando navegar o rio de sons e imagens que corre dentro de mim, fluindo por entre tempos, brechas, sustos e sopros, numa espiral rumo a uma galáxia distante cujo centro está no meio do peito.

Obscuro? Não, apenas um arroubo poético, quase patético, para afinar o tom. Quem quiser ler, quiçá. Qui sait? Não prometo assiduidade, simpatia ou samba-no-pé. Apenas expressão de desejos literários: ler, ter, vários. A quem abrir esta página, um pedido: se gostar, comente e recomende; se não gostar, poetize.


Vicente Saldanha

sexta-feira, 30 de abril de 2010

No sinal vermelho,
a borboleta no para-choque traseiro:
pegou carona até a próxima flor.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Estrelas –
gosto de vê-las,
procuro entendê-las,
tento escutá-las.

Gosto de velas,
gosto de ouvi-las:
costumo acendê-las
e admirá-las.

Estrelas e velas,
cintilando e luzindo,
trocam segredos
através da janela.