Imagem da internet

Letras na Sopa

Eis que! Cá estamos eu, eu mesmo e outros eus, não bem aqui, mas assim de lado, de refúgio ou refluxo de ideias, por graça e força de muitos uns e zeros, na aparente essência de letras, acentos, pontuações e espaços num ensopado virtual.

Chego sem pedir licença nem permissão, apenas por ocasião de. E vou tentando navegar o rio de sons e imagens que corre dentro de mim, fluindo por entre tempos, brechas, sustos e sopros, numa espiral rumo a uma galáxia distante cujo centro está no meio do peito.

Obscuro? Não, apenas um arroubo poético, quase patético, para afinar o tom. Quem quiser ler, quiçá. Qui sait? Não prometo assiduidade, simpatia ou samba-no-pé. Apenas expressão de desejos literários: ler, ter, vários. A quem abrir esta página, um pedido: se gostar, comente e recomende; se não gostar, poetize.


Vicente Saldanha

sábado, 2 de julho de 2011

Fim de Tarde na Avenida

Centro, Zona Norte, Zona Sul:
as setas apontam para o poente,
reverenciam o Farol do dia.
Amarelo vira vermelho contra o fundo azul,
imitando a dança de cores na tela impressionista.


Laranja e violeta tingem nuvens prateadas
com tons de fogo, ametista e bronze.
E no fundo, para além do vão do mundo,
reclina-se imponente e silencioso,
o gigante e majestoso deus dourado.


Os carros arrancam, retomam seu fluxo,
mas agora o tráfego intenso
é mais que direção e trânsito:
é uma esperança, procissão, rumo
ao descanso, aconchego e proteção.