quarta-feira, 20 de novembro de 2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
corda bamba
balançam ao vento
na corda bamba
entre corpos de garotos
e pesadelos de homens
a visão inusitada
é claro sinal de alerta:
quem anda nesta corda bamba
cai somente uma vez
os calçados pendurados
como despojos de guerra
são gritos mudos das sombras
de quem não mais será jovem
a visão inusitada
é claro sinal de alerta:
quem anda nesta corda bamba
cai somente uma vez
os calçados pendurados
como despojos de guerra
são gritos mudos das sombras
de quem não mais será jovem
agora os corpos crivados
de balas
numa várzea de terra
os sonhos descalços
jogando bola
numa várzea de nuvens
quarta-feira, 10 de julho de 2013
domingo, 7 de abril de 2013
Chocolate
O assalto veio rápido. Sozinho na parada do
ônibus, sem jantar, tirou um chocolate de uma caixa e começou a comer. Mal teve
tempo de ver o sujeito aproximando-se do lado:
- Fica frio e passa a grana, senão eu te
queimo!
Com o susto, derrubou a caixa de chocolates. O
assaltante apanhou-a do chão e pegou alguns. Ele procurou a carteira, mão trêmula. O ladrão comeu um chocolate, depois outro, ar debochado. Enquanto ele pegava a
carteira, o semblante do outro mudou: seus olhos fecharam-se, quase desenhou-se
um sorriso na boca, suspirou. Deu meia-volta e foi embora sem dizer nada.
Ele escapou por um Bis.
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